MUSICA, DANÇA, TEATRO, PINTURA, LITERATURA

sexta-feira, 29 de junho de 2012



O batuque é provavelmente o género musical mais antigo de Cabo Verde, mas só há registos escritos acerca do batuque a partir do século XIX. Presentemente só se encontra na ilha de Santiago, e é no Tarrafal onde se vive com mais intensidade este género musical. Todavia, há indícios que já existiu em todas as ilhas de Cabo Verde.[2]
Segundo Carlos Gonçalves[3], o batuque não seria um género musical transposto do continente africano. Seria a adaptação de alguma dança africana (qual?) que depois teria desenvolvido características próprias em Cabo Verde.
O batuque sempre foi hostilizado pela administração portuguesa, por ser considerado «africano», e pela Igreja, mas foi durante a política do Estado Novo que essa perseguição foi mais forte. O batuque chegou a ser proibido nos centros urbanos, e chegou a estar moribundo a partir dos anos 50. Depois da independência houve um interesse em fazer ressurgir certos géneros musicais. Mas é nos anos 90 que o batuque teve um verdadeiro renascimento, com jovens compositores (Orlando Pantera, Tcheka, Vadú, etc.) fazendo trabalhos de pesquisa e conferindo uma nova forma ao batuque, sendo interpretado por também jovens cantores (Lura, Mayra Andrade, Nancy Vieira, etc.).